Desde que o Haiti anunciou um aumento no preço da gasolina, em 11 de setembro, o país entrou em uma espiral de violência, saques e protestos. O maior terminal de importação de combustível do país, em Varreux, está controlado atualmente por milícias armadas. Os protestos, reprimidos com violência, exigem a saída do Primeiro Ministro Ariel Henry. 

A crise política e de segurança no Haiti vem ganhando força desde o assassinato do presidente Jovenel Moise em julho de 2021. A situação de emergência do país foi parte dos debates da 52ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). A reunião, que teve como lema “Juntos contra a desigualdade e a discriminação”, ocorreu entre os dias 4 e 7 de outubro em Lima no Peru.

No último dia do encontro, Bocchit Edmond, embaixador do Haiti nos Estados Unidos, declarou que “Qualquer membro da comunidade internacional pode se encontrar em uma situação difícil. Para o Haiti, este é um problema de segurança que nossa polícia nacional não pode dar conta sozinha. Edmond esclareceu ainda que “não devemos entender essa ajuda como uma ocupação estrangeira do território haitiano, mas como um ato de solidariedade”.

A solicitação de ajuda internacional para o combate a violência deve contribuir para “retomar a distribuição de combustível e água potável em todo o país, reativar hospitais, reiniciar atividades econômicas, circulação de pessoas e bens e reabrir escolas”. 

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se pronunciou afirmando que Washington pode “ajudar as democracias irmãs que lutam para satisfazer as necessidades básicas de seus cidadãos. É por isso que copatrocinamos a resolução diante desta Assembleia Geral sobre o Haiti”.

Através de um comunicado, a ministra das relações exteriores do Canadá, Mélanie Joly, reiterou o compromisso de “ajudar os haitianos a superar os complexos desafios de segurança que o país enfrenta”. Joly afirmou que a comunidade internacional deve fornecer assistência de segurança ao Haiti e cooperar com o fortalecimento da Polícia Nacional.

Foto:  AP Photo / Odelyn Joseph

Fontes:
https://www.oas.org/pt/
https://operamundi.uol.com.br/
https://www.aljazeera.com/