Para  Alexander Lukashenko, presidente de Belarus (antiga Bielorússia), os membros de organizações não governamentais representam uma ameaça à soberania do país. Em seu governo já foram banidas mais de 40 ONGs e associações.

O Ministério da Justiça de Belarus “iniciou o processo de liquidação” contra pelo menos 47 organizações não governamentais, de acordo com a organização de direitos humanos Wesna, ela própria visada pelas autoridades. Muitas das organizações já haviam sido invadidas nas últimas semanas. Escritores e jornalistas também foram afetados.

Na Alemanha, escritores expressaram sua solidariedade para com os  perseguidos do centro PEN, dissolvido em Minsk, capital de Belarus. A presidenta da instituição é a ganhadora do Nobel Svetlana Alexijewitsch, que deixou seu país e vive na Alemanha. Lukashenko, que foi criticado como o “último ditador da Europa”, anunciou em uma reunião com o presidente da Rússia Vladimir Putin que tomaria medidas rigorosas contra a sociedade civil. Putin apoia o aliado político, que vê os dissidentes como uma ameaça à sua retenção no poder.

Nos Estados Unidos, a líder da oposição Svetlana Tichanovskaya fez campanha durante as negociações políticas para aumentar ainda mais a pressão das sanções sobre Lukashenko. Mesmo agora, as sanções da UE e dos EUA estão afetando gravemente o país.

As autoridades vêm prendendo os oponentes, jornalistas e ativistas há meses para finalmente esmagar os protestos em massa iniciais contra a polêmica reeleição de Lukashenko em agosto de 2020.