Esse material está vinculado ao Curso de Geografia Física para o ENEM ministrado em 5 aulas pelos Prof. Victor Maurício. Você pode ter acesso ao curso completo clicando no link: https://go.hotmart.com/Q94059795B?dp=1

GABARITO DO SIMULADO

1 – B

O mapa espacializa áreas de escudos cristalinos, maciços antigos formados na era pré-cambriana (entre 4,5 bilhões e 545 milhões de anos atrás). Os escudos cristalinos são as estruturas mais antigas do planeta. Nesse tipo de formação geológica predominam rochas ígneas (oriundas da solidificação do magma proveniente do manto terrestre) e metamórficas (aquelas que, ao longo de milhares de anos, estiveram expostas a diferentes níveis de pressão e temperatura e acabaram tendo sua estrutura e composição alterada). Para a prova do ENEM é fundamental saber que em áreas de escudos cristalinos há a possibilidade de encontramos minerais metálicos como ferro, ouro, cobre e manganês, ou seja, recursos naturais estratégicos que compõem uma parcela considerável das exportações brasileiras. Duas áreas se destacam quando falamos em exploração mineral: a Serra de Carajás, no sul do Pará, e o Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais. A prova sempre pode colocar alternativas falando de combustíveis fósseis, como na letra C. No entanto, combustíveis fósseis estão associados às bacias sedimentares, áreas mais recentes e mais baixas onde predominam processos de sedimentação (deposição de sedimentos). 

2 – E

Diferentes dos escudos cristalinos, estruturas antigas da era pré-cambriana, as bacias sedimentares são mais recentes e começaram a se formar na era Paleozóica. As bacias sedimentares são áreas mais baixas do relevo onde predominam processos de deposição de sedimentos minerais e orgânicos. Os combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural, se originam neste tipo de estrutura geológica através da sedimentação (deposição) de compostos orgânicos. Para a prova do ENEM, é fundamental compreender a diferença entre escudos cristalinos, onde podemos encontrar minerais metálicos, e bacias sedimentares, onde é possível encontrarmos combustíveis fósseis. Ambos os recursos são fundamentais para a economia brasileira. Lembre-se: o arcabouço geológico brasileiro é formado por escudos cristalinos (36%) e bacias sedimentares (64%).

3 – A

O ciclo sedimentar é fruto de processos contínuos de intemperismo, erosão e sedimentação. Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que os processos de intemperismo (físico e químico) são aqueles responsáveis pela “quebra” das rochas ou, como consta no texto, pela “destruição” das rochas. Por outro lado, a erosão deve ser entendida como um processo de transporte de sedimentos oriundos da quebra contínua das rochas. O intemperismo quebra, a erosão (fluvial, pluvial, eólica etc) transporta. As regiões mais baixas da crosta terrestre são as áreas onde ocorre a deposição desses sedimentos transportados. Umas vez depositadas, essas rochas podem passar por processos de litificação (quando os sedimentos se juntam e se agregam a ponto de formar uma rocha consistente que, via de regra, será uma rocha sedimentar. A ideia de ciclo se deve ao fato de que esses três processos (intemperismo, erosão e sedimentação) não tem fim, já que as novas rochas também estarão expostas e serão submetidas a novos processos de intemperismo (quebra), transporte (erosão) e deposição (sedimentação em outro local). 

4 – C

Parafraseando o gabarito da questão 1, os escudos cristalinos são maciços antigos formados na era pré-cambriana (entre 4,5 bilhões e 545 milhões de anos atrás), sendo, portanto, as estruturas mais antigas da história do planeta. Nesse tipo de formação geológica predominam rochas ígneas (oriundas da solidificação do magma proveniente do manto terrestre) e metamórficas (aquelas que, ao longo de milhares de anos, estiveram expostas a diferentes níveis de pressão e temperatura e acabaram tendo sua estrutura e composição alterada). Para a prova do ENEM é fundamental saber que em áreas de escudos cristalinos há a possibilidade de encontramos minerais metálicos como ferro, ouro, cobre e manganês, ou seja, recursos naturais estratégicos que compõem uma parcela considerável das exportações brasileiras. Duas áreas se destacam quando falamos em exploração mineral: a Serra de Carajás, no sul do Pará, e o Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais. A prova sempre pode colocar alternativas falando de combustíveis fósseis, como na letra E. No entanto, combustíveis fósseis estão associados às bacias sedimentares, áreas mais recentes e mais baixas onde predominam processos de sedimentação (deposição de sedimentos).

5 – E

Como explicamos na aula número 2, as placas tectônicas, em função das correntes de convecção do magma, fazem três tipos de movimentos: convergentes, divergentes e transformantes. O texto faz referência ao movimento convergente, ou seja, à colisão entre duas placas. A feição fisiográfica resultante desse movimento são os dobramentos modernos, estruturas que se formaram recentemente na história do planeta, mais especificamente na era cenozóica (últimos 65 milhões de anos). Os dobramentos modernos são as estruturas mais altas do planeta, justamente porque são recentes e, portanto, ainda não passaram por grandes processos de intemperismo e erosão. Exemplos dessas estruturas são a Cordilheira dos Andes na costa oeste da América do Sul (choque entre a Placa Sul Americana e a placa de Nazca) e os Himalaias na Ásia (choque entre a Placa Indiana e a Placa Euroasiática). É importante lembrar que áreas de contato entre placas tectônicas sempre estão sujeitas a terremotos e, dependendo do caso, vulcanismo. 

6 – E

Os pacotes rochosos que se acumulam uns sobre os outros em função do processo de sedimentação apresentam diferentes camadas com diferentes tipos de sedimentos. É por isso que uma estrutura rochosa pode ser composta por camadas mais ou menos suscetíveis aos processos de intemperismo e erosão (quebra e transporte). Na imagem é possível identificar pelo menos duas camadas rochosas. Nesse caso, a composição da parte inferior é composta por rochas menos resistentes aos processos de intemperismo e erosão e, por isso, foi quebrada primeiro, dando origem a essa feição encachoeirada. 

7 – C

Antes de ler este gabarito, veja o gabarito da questão 3. Agora que você já sabe o que são os processos de intemperismo (quebra) e erosão (transporte), bastaria identificar no texto as palavras “desagregadas” (quebradas) e “carregados” (transportados) para saber que há uma referência aos processos de intemperismo e erosão. No texto, ainda é possível identificar o processo de sedimentação pela palavra “depositados”. 

8 – B

Questão simples de interpretação, mas é preciso ter o mínimo conhecimento para saber que a emissão de material magmático faz referência a uma erupção vulcânica. Esse trecho do texto seria suficiente para resolver a questão “o topo do Vesúvio havia se partido em dois. Uma coluna de fogo escapa dali”. 

9 – C

Os terremotos ocorrem em áreas de contato entre placas tectônicas. Tanto em áreas onde há movimentos convergentes (choques) quanto em áreas onde há transcorrência (deslizamento paralelo entre placas) é possível haver abalos sísmicos de grande intensidade. A letra C é a única que fala em contato de placas tectônicas. Além disso, quando os dobramentos modernos são mencionados na alternativa, devemos lembrar que essas são estruturas que se formam justamente através do choque de placas tectônicas e, por isso, estão localizados em áreas de grande atividade sísmica (sugiro reler o gabarito da questão 5). 

10 – D

A primeira imagem nos mostra os diferentes níveis de intemperismo em função dos índices pluviométricos. Esse conhecimento é básico: onde chove muito, o intemperismo será mais intenso. O mapa, baseado na figura 1, espacializa o processo de intemperismo no Brasil. O comando pergunta o tipo climático da área de intemperismo muito fraco (número 1). Trata-se do domínio morfoclimático da caatinga, local de clima semiárido que possui as menores médias pluviométricas do Brasil. 

11 – A

Quando o texto fala em terrenos mais antigos e menciona a era pré-cambriana, já podemos dizer que estamos diante de uma questão que aborda algo sobre escudos cristalinos (ler gabarito das questões 1 e 4). Em áreas cristalinas, há possibilidade de encontrarmos minerais metálicos como ferro e manganês, como indicado na alternativa A. Novamente a prova faz uma associação entre uma estrutura de relevo e recursos naturais estratégicos. Via de regra, as questões exigem o mesmo raciocínio: relação entre escudos cristalinos e minerais metálicos; relação entre bacias sedimentares e combustíveis fósseis. 

12 – 

A interpretação do gráfico indica que as áreas de menor latitude (próximas ao Equador, Floresta Tropical) são mais quentes e chuvosas, enquanto as áreas de maior latitude (próximas aos polos, Tundra) são mais frias e secas. Na aula 4, sobre pedogênese, falamos bastante sobre os aspectos e fatores que se conjugam para formação dos solos. O fator pluviosidade exerce grande influência sobre a formação dos solos na medida em que pode promover maior ou menor intemperismo da rocha matriz (rocha inalterada). Locais com maior pluviosidade terão sua rocha matriz mais alterada e mais degradada pelo intemperismo químico (promovido pela água). É por isso que os solos são mais profundos em locais com maiores índices pluviométricos. Há uma relação direta entre nível de pluviosidade, quebra da rocha matriz e camadas de sedimentos que se acumulam sobre a rocha matriz. É interessante notar essa relação na parte do gráfico onde é mostrado o deserto. Nessas áreas percebemos que a rocha matriz é pouquíssimo alterada, o que ocorre porque os índices pluviométricos de um deserto são baixíssimos (em desertos, predomina o intemperismo físico, aquele que “quebra” as rochas pelas diferenças de temperatura ao promover processos de contração e dilatação).

13 – B

Os fósseis de animais foram depositados em bacias sedimentares no período jurássico (201 a 145 milhões de anos atrás). As rochas sedimentares se formam a partir da deposição e compactação de sedimentos (litificação), que podem ser fragmentos de outras rochas, minerais ou restos orgânicos. São nessas bacias sedimentares que os combustíveis fósseis podem se formar. Na imagem, percebemos as diferentes camadas com fósseis e sedimentos simbolizando diferentes momentos de sedimentação (e não erosão, como afirma a alternativa D). Em rochas magmáticas não é possível encontrarmos fósseis. 

14 – B

Quando o texto fala sobre a maior cordilheira do planeta, há referência a um tipo específico de formação geológica: os dobramentos modernos. Como vimos na aula 2 e na questão número 5, os dobramentos modernos são originados a partir do movimento convergente entre placas tectônicas. 

15 – A

O Vale da Grande Fenda na África é fruto de um processo de rifteamento no qual a crosta terrestre (uma parte menos resistente da placa) se estende, afina e se rompe, resultando na criação de um vale ou fissura chamado rift. Esse processo é impulsionado pelas correntes de convecção do magma no manto terrestre. Caso apareça a palavra “fenda” na prova, lembre que trata-se de um movimento divergente que ocorre no interior de uma placa e não em suas bordas.   

16 – C

É muito comum a prova cobrar questões que relacionam processos de intemperismo e erosão ao meio ambiente. Nesse caso, o desmatamento sempre vai aparecer como algo que acelera os processos de intemperismo e erosão. Com o desmatamento, os solos ficam expostos a ação das chuvas e dos ventos, sendo muito mais facilmente intemperizados e erodidos (lembrar do conceito de lixiviação dos solos, que ocorre quando a água das chuvas retira os elementos mais leves de solo e os transporta para camadas inferiores ou áreas distantes, o que promove um processo de empobrecimento do solo). Para a prova e para a vida, lembre-se que a vegetação sempre será e melhor amiga e protetora dos solos. 

17 – E

A tabela indica que há uma relação entre vegetação e percentual de água da chuva escoada. Áreas florestadas podem reter 100% da chuva, enquanto áreas urbanas com alta densidade de construções podem reter 0%. Para essa questão, basta pensar que aquíferos são formados em áreas sedimentares, com rochas mais porosas e, por isso, a retenção de água é fundamental para sua recarga. No entanto, é importante lembrar para outras questões a relação entre ocupação urbana, desmatamento, deslizamentos e enchentes. O meio urbano é repleto de estruturas impermeáveis que, por não reter água, promovem um grande escoamento superficial. Sobretudo em áreas de encosta, a retirada da cobertura vegetal e a utilização de materiais impermeáveis como cimento e concreto, faz com que o escoamento superficial seja muito intenso, ou seja, a água da chuva que antes era absorvida pelo solo, agora escoa com muito mais força e velocidade, intensificando a possibilidade de deslizamentos (a prova também pode chamar de movimentos de massa). 

18 – C

Ler primeiro o gabarito da questão 12. Ao interpretar a imagem, percebemos que o horizonte menos alterado é o C, que está próximo da rocha matriz. 

19 – A

O texto narra um episódio de terremoto, fenômeno que ocorre sobretudo em áreas de contato de placas tectônicas. A liberação rápida de tensões acumuladas é a principal causa de terremotos. Durante um terremoto, a energia liberada se propaga na forma de ondas sísmicas, causando tremores na superfície da Terra. 

20 – B

Novamente a prova cobra questões sobre recursos minerais. No contexto da questão, o texto fala sobre o processo de mineração no Estado de Minas gerais (ciclo do ouro). Lembrando que o Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais é hoje uma importante área de exploração de outros minerais metálicos, sobretudo o ferro. O comando da questão pergunta o porquê da rápida ocupação dessa área. Com um conhecimento básico de história sobre o ciclo do ouro, a questão poderia ser respondida. 

21 – B

A relação entre irrigação artificial e salinização dos solos é um exemplo de como práticas agrícolas podem impactar negativamente o solo quando não são geridas adequadamente. A salinização ocorre quando a concentração de sais no solo aumenta a ponto de afetar a capacidade das plantas de absorver água e nutrientes. Via de regra, esse processo ocorre a partir de um manejo inadequado das técnicas de irrigação artificial, usadas para fornecer água às plantas em áreas onde a precipitação natural é insuficiente. Isso é feito para garantir a produção agrícola em regiões áridas ou semiáridas ou durante períodos de seca (outras áreas também utilizam irrigação artificial quando se pretende ter um controle maior sobre a quantidade de água no solo e para a cultura que está sendo cultivada). No caso da questão, é citada uma área de clima semiárido do nordeste brasileiro. Quando a água de irrigação é aplicada ao solo, parte dela é utilizada pelas plantas, parte se infiltra e parte evapora. Na caatinga, o nível de infiltração é baixo, já que os solos não são profundos justamente por conta dos baixos índices pluviométricos e, consequentemente, aos baixos níveis de intemperismo químico. Isso significa que grande parte da água evapora rapidamente.. Com a evaporação, os sais dissolvidos permanecem no solo, acumulando-se na superfície e nas camadas superiores. Para evitar a salinização, é essencial adotar práticas de manejo adequadas, como o uso de sistemas de drenagem eficientes para remover o excesso de sais do solo, a escolha de métodos de irrigação que minimizem a evaporação (como a irrigação por gotejamento), e a utilização de água de melhor qualidade, quando possível.

22 – B

Essa questão foi escolhida para demonstrar como a geografia física está intimamente ligada à geografia humana. Nesse caso, estamos diante de uma questão que exige conhecimentos sobre globalização e divisão internacional do trabalho. O conceito de commodity é extremamente importante porque o Brasil, na divisão internacional do trabalho, é um grande exportador de commodities como soja, petróleo, minério de Ferro e outros. Quando olhamos, por exemplo, para as relações comerciais entre Brasil e China (nossa maior parceira) fica nítido como o que exportamos é muito diferente do que importamos. Enquanto exportamos primários (matéria prima e gêneros agrícolas), importamos bens industrializados com diferentes níveis tecnológicos. Como os produtos primários que exportamos tem seu preço definido no mercado internacional em dólar, sempre estaremos sujeitos a variações de preço, o que explica o gabarito da letra B.  Nas próximas linha, há um breve resuminho para que você possa entender melhor o conceito de commodity. Trata-se de um bem ou produto que é padronizado, geralmente em termos de qualidade e características, e que é negociado em mercados financeiros e físicos em todo o mundo. As commodities são matérias-primas ou produtos básicos que são intercambiáveis entre si, independentemente de quem os produz. Isso significa que o mercado não diferencia produtores; o foco está nas especificações e na qualidade do produto. As commodities são produtos homogêneos, o que significa que são praticamente idênticos, independentemente de sua origem. Por exemplo, o trigo de uma região é semelhante ao de outra em termos de uso e valor. Devido à sua homogeneidade, as commodities são facilmente intercambiáveis. Um barril de petróleo ou uma onça de ouro tem o mesmo valor, independentemente de quem o produziu. Os preços são determinados pela oferta e demanda globais e, por isso, são voláteis.

23 – C

Novamente uma questão que relaciona nossos recursos naturais à economia. O fato de ter citado a Companhia Vale do Rio Doce é um indício de que a questão vai tratar de minerais metálicos, já que esta empresa foi criada por Getúlio Vargas justamente para explorar minérios no início dos anos 1940 (nos anos 1990 a empresa estatal foi privatizada). O texto fala da Estrada de Ferro Carajás e, como já vimos em outras questões, a área de Carajás tem uma das maiores reservas de minerais metálicos do mundo. No gabarito da questão 22, falamos sobre a importância desses recursos na pauta de exportações brasileiras. A extrada de ferro foi construída para ligar as áreas produtoras ao porto do Maranhão, de onde partirão para a China, Japão, Estados Unidos e União Europeia. 

24 – D

Planícies sedimentares são caracterizadas por superfícies relativamente planas ou com gradientes muito suaves. Essa topografia permite que os rios fluam lentamente, condição essencial para a formação de meandros. Essas áreas localizam-se comumente ao longo dos rios e são caracterizadas pelo topografia plana e predomínio do processo de sedimentação de partículas minerais e matéria orgânica. O transbordamento dos rios na cheia proporciona o acúmulo de sedimentos na planície. A forma plana incorre na menor velocidade da água no curvo fluvial levando a formação de curvas dos rios, denominadas de meandros. 

25 – B

Questão que exige o mesmo raciocínio da questão número 15, inclusive ambas tratam do mesmo processo na mesma área. O rifteamento da crosta terrestre é um processo geológico associado à formação de grandes fendas ou rifts na crosta terrestre. Este fenômeno ocorre quando forças tectônicas esticam e afinam a crosta, levando à sua separação. O rifteamento é impulsionado por forças tectônicas que esticam e afinam a crosta terrestre. Esse estiramento pode ser causado por movimentos das placas tectônicas que se afastam umas das outras. À medida que a crosta terrestre é esticada, forma-se uma série de fraturas. Isso pode levar à formação de um vale de rift, que é uma depressão linear onde a crosta está se separando. O afinamento da crosta facilita a ascensão do magma do manto, resultando em atividade vulcânica. Isso, juntamente com a movimentação das falhas, também pode causar terremotos na região do rift. Veja que na imagem também são mostradas várias áreas com vulcanismo. O movimento tectônico associado ao rifteamento é o divergente. Durante a divergência, as placas tectônicas se afastam uma da outra, resultando na criação de novos espaços na crosta terrestre. Este movimento é responsável pela formação de rifts continentais e, eventualmente, novos oceanos. Em algum momento do rifteamento haverá uma separação da Placa Africana em duas subplacas: a Placa Somali e a Placa Nubiana. 

26 – A

Os solos vulcânicos são conhecidos por sua alta fertilidade, o que os torna extremamente valiosos para a agricultura. A fertilidade desses solos está ligada às suas características químicas e físicas únicas, resultantes dos materiais de origem vulcânica.Os solos vulcânicos são derivados de cinzas vulcânicas e materiais piroclásticos (magmáticos), que são ricos em minerais essenciais para o crescimento das plantas, como potássio, cálcio, magnésio e fósforo. Esses minerais são liberados gradualmente à medida que o solo se intemperiza, proporcionando um suprimento contínuo de nutrientes. Devido à sua alta fertilidade, áreas com solos vulcânicos são altamente demandadas para a agricultura. Culturas como café, chá, uvas, e cereais prosperam nesses solos, o que incentiva a ocupação e o desenvolvimento agrícola. No caso brasileiro, os solos de terra roxa foram muito utilizados para a plantação de café no Paraná e no oeste paulista.

27 – B

Nas questões 16 e 17 já foram trabalhadas a relação entre manutenção da cobertura vegetal e redução dos processos erosivos. A erosão laminar é um tipo de erosão mais superficial e, sem dúvidas, pode ser reduzida com a manutenção da vegetação. Essa elação entre vegetação e processos erosivos aparece com muita frequência na prova do ENEM. 

28 – C

Vamos destacar no texto “a destruição, o transporte e a deposição” e traduzir para intemperismo, erosão e sedimentação como já fizemos em questões anteriores. Na sequência, destacamos “regiões áridas e semiáridas”, o que se traduz em um ambiente com pouca presença de água, já podendo eliminar as erosões fluviais, pluviais e marinhas. Quando o texto faz referência a um agente que contribui para a formação de dunas em um ambiente seco, fica claro que o vento é o fator mais importante e, por isso, o gabarito é erosão eólica.

29 – E

Parafraseando o gabarito da questão 17 que exige o mesmo raciocínio.  O meio urbano é repleto de estruturas impermeáveis que, por não reter água, promovem um grande escoamento superficial. Sobretudo em áreas de encosta, a retirada da cobertura vegetal e a utilização de materiais impermeáveis como cimento e concreto, faz com que o escoamento superficial seja muito intenso, ou seja, a água da chuva que antes era absorvida pelo solo, agora escoa com muito mais força e velocidade, intensificando a possibilidade de deslizamentos. Analisando o gráfico, essa relação entre permeabilidade do solo e escoamento fica clara. Na área urbana, o escoamento é maior e mais rápido, enquanto em áreas florestadas há maior retenção de água e o tempo de escoamento é muito menor.  

30 – D

O voçorocamento é um processo de erosão do solo que resulta na formação de grandes ravinas ou sulcos profundos no terreno. Este fenômeno ocorre quando a água escoa de forma concentrada sobre uma superfície, removendo rapidamente as camadas de solo e criando canais profundos. A remoção da cobertura vegetal diminui a proteção natural do solo contra o impacto das chuvas, aumentando a erosão superficial. Sem raízes para estabilizar o solo, ele se torna mais suscetível à remoção pela água. Práticas agrícolas e de pastagem sem manejo adequado, como o plantio em áreas de declive sem técnicas de conservação, expõem o solo à erosão intensa. Essas ações humanas, combinadas com condições naturais, como chuvas intensas e solos frágeis, criam um ambiente propício para o desenvolvimento do voçorocamento, resultando em perda de solo fértil e degradação ambiental.